“Sim, venho-me esquecendo de dizer a quem Rosa ama... Usa dólmã vermelho, casquete com fitas... Senhor, é um fuzileiro naval. Como poderia Rosa resistir àquele dólmã cor de sangue, àquela astúcia de homem corrido no mundo, àquele ar marcial”. (In: Rosa e o fuzileiro ─ crônica ─ fevereiro/1945)
“... a túnica cor de sangue, a calça branca engomada e o casquete matador, posto de lado no cabelo partido, com as fitinhas pretas tremulando no ar, aos rodopios da valsa. E nem o par da rainha, o presidente do clube, tinha um decido sequer do airoso aprumo do par da princesa ─ tudo de acordo com a ordenança militar: barriga pra dentro, peito saliente e olhar terrível”. (In: A princesa e o pirata ─ crônica ─ novembro/1947)
“Não me esqueço de certo dia em que eu ia atravessando a Rua do Ouvidor e um garboso fuzileiro naval cruzou comigo. Para surpresa minha o militar, ao me ver, parou, fez continência, depois arrancou o gorro de fitinhas, ergueu a mão no ar quase numa saudação fascista e disse naquela voz cantada da minha terra, que só de ouvi-la me aperta o coração de saudade: ─ Abença, madrinha Rachelzinha!” (In: O senhor São João ─ crônica ─ junho/19444).
Essa é aquela adorada e ao mesmo tempo temida por todos. Alguns querem adiá-la enquanto outros, imersos num mar de tédio, querem lutar para que volte correndo. Ela provoca um gosto amargo à todos que a aprovveitaram e funciona como uma luz para aqueles que não. Podemos então perceber que ela é um cupido para que os opostos se atraiam, embora sempre acabe forçando a barra. Essa personagem ou mesmo alvo, como preferir, tão adversa quanto tirana de que falo, é a volta às aulas.
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