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29 de set. de 2010

AVISO AO 8º E 9º ANOS: URGENTE

8º E 9º ANOS: Não deixem de ler o regulamento que encontrarão aqui . Imprimam a ficha de inscrição no final do regulamento bem como providenciem os documentos solicitados o mais rápido possível

26 de set. de 2010

Brasil com P - GOG Part. Maria Rita - Cartão Postal Bomba!!!

1ª Série do Ensino Médio


Para além de toda problemática que o vídeo aborda, percebam o excelente trabalho com a figura de linguagem que temos estudado: a aliteração.
 

12 de set. de 2010

Outros trechos de Rachel de Queiroz

“Sim, venho-me esquecendo de dizer a quem Rosa ama... Usa dólmã vermelho, casquete com fitas... Senhor, é um fuzileiro naval. Como poderia Rosa resistir àquele dólmã cor de sangue, àquela astúcia de homem corrido no mundo, àquele  ar marcial”. (In: Rosa e o fuzileiro ─ crônica ─ fevereiro/1945)

“... a túnica cor de sangue, a calça branca engomada e o casquete matador, posto de lado no cabelo partido, com as fitinhas pretas tremulando no ar, aos rodopios da valsa. E nem o par da rainha, o presidente do clube, tinha um decido sequer do airoso aprumo do par da princesa ─ tudo de acordo com a ordenança militar: barriga pra dentro, peito saliente e olhar terrível”. (In: A princesa e o pirata ─ crônica ─ novembro/1947)

“Não me esqueço de certo dia em que eu ia atravessando a Rua do Ouvidor e um garboso fuzileiro naval cruzou comigo. Para surpresa minha o militar, ao me ver, parou, fez continência, depois arrancou o gorro de fitinhas, ergueu a mão no ar quase numa saudação fascista e disse naquela voz cantada da minha terra, que só de ouvi-la me aperta o coração de saudade: ─ Abença, madrinha Rachelzinha!” (In: O senhor São João ─ crônica ─ junho/19444).

O eterno "Batalhão Naval" - Raquel de Queiroz

Nos Estados Unidos, quando uma situação dá nó cego, quando não se vê saída, diz-se que “está na hora de chamar os fuzileiros”. Os fuzileiros são o derradeiro recurso, a suprema salvação nas horas de perigo.
Aqui no Brasil também é assim. A última palavra cabe sempre ao fuzileiro. Se a batalha parece perdida ─ apela-se para o fuzileiro. Se o desembarque é impossível ─ calma, os fuzileiros desembarcam assim mesmo. Se é preciso uma coragem sobre-humana ─ os fuzileiros têm essa coragem. Arma de fogo ou arma branca, embarcado ou em terra firme fuzileiro briga. E o fuzileiro resolve.
Neste nosso país onde ninguém se preocupa muito com tradições, abre-se uma exceção para os fuzileiros. Eles são uma tradição viva, amada, indispensável. Têm já os nossos fuzileiros 150 anos de vida que neste mês de março de 58 comemoramos. E pode-se dizer que têm a mesma idade da nação, pois todos sabem que a soberania brasileira começou a funcionar 14 anos antes da independência, quando aqui desembarcou o Príncipe Regente, trazendo consigo toda a sua corte e a máquina do governo. Promovido a sede da monarquia, ninguém poderia mais chama o Brasil de colônia. O grito do Ipiranga foi, realmente, apenas a declaração formal, que vinha ratificar uma situação de fato. E sendo assim, mais um ponto se conta a favor dos fuzileiros: não serviram nunca como tropa colonial. Nunca foram instrumento de tirania da Metrópole para esmagamento de brasileiros. Ao contrário, sempre que lutaram foi contra o inimigo externo, começando muito cedo esse ofício de escudo da Pátria; tinha então Brigada Real da Marinha apenas seis meses de existência, e já os fuzileiros lutavam pelo Brasil na Guiana Francesa.
Distinguindo-se pela sua farda à velha moda, desdenhando as cores neutras com que os soldados modernos se camuflam ─ a alegre túnica vermelha, o gorro branco com o seu laço de fita preta, ─ o fuzileiro em dia de gala é mais bonito até que um general com todos os seus bordados. É a tropa mais conhecida, a mais celebrada do país. Não há guerra sem fuzileiro ─ mas sem fuzileiro não há festa, também. Pode-se imaginar uma parada de 7 de setembro sem o desfile dos navais e, acima de tudo, sem a música da banda dos fuzileiros, que é a mais famosa de todas as nossas bandas militares? E pode haver festa da Penha, pode haver domingo em Paquetá, sem a presença dos rapazes do Batalhão Naval? Ai, a tradição galante dos fuzileiros é tão antiga e arraigada quanto a sua tradição guerreira. Que o digam as gerações sucessivas de corações feridos ─ brancas, morenas e cabrochas ─ que vêm padecendo 150 anos de penas de amor por culpa desses tiranos de casaco vermelho!
Falei com o Batalhão Naval. Eles hoje se chamam oficialmente de “Corpo de Fuzileiros Navais”. Aliás é curioso assinalar , como, neste século e meio de vida, mudaram de nove os fuzileiros. Chamaram-se a princípio de Artilheiros da Brigada Real da Marinha. Já no Império, passaram a Imperial Brigada de Artilharia da Marinha e em seguida a Corpo de Artilharia da Marinha. Mais tarde usaram o nome que têm agora: Corpo de Fuzileiros Navais. Na guerra de Rosas já eram apenas Batalhão Naval. Voltaram a Corpo de Infantaria da Marinha, e logo em seguida novamente a Batalhão Naval, e Regimento Naval. Até que em 1932 fixaram-se no nome que têm atualmente e parece ser o definitivo. Mas podem variar as denominações oficiais. Para o coração do povo, que o adora, será sempre o “Batalhão Naval”, cantado até nos sambas.
Não esqueço minha surpresa ao descobrir, num pequeno porto fluvial à margem do velho São Francisco, um quartel da Marinha, construído em formato de navio, e ao portão, de sentinela, um fuzileiro.
Interpelei o naval:
─ Gente, que faz aqui um fuzileiro, tão longe da pancada do mar?
E o sentinela respondeu sorrindo:
─ Não tem mar mas tem rio, dona. Fuzileiro é bicho de qualquer água!
Não houve uma luta, nestes 150 anos de Brasil, em que sangue dos fuzileiros não corresse ─ e na linha de frente. Começaram em 1808, na Guiana, segundo já foi dito. Depois foram as guerras da Independência. A campanha do Rio da Prata. A guerra de Oribe e Rosas. Cisplatina, Paraguai, do começo ao fim. Mas para que entrar em discriminações Quem quiser saber a história dos fuzileiros navais, não precisa consultar nenhum livro especial, Basta ler a História do Brasil.




10 de set. de 2010

9 de set. de 2010

7 de set. de 2010

8º E 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Leia mais sobre Rachel de Queiroz aqui:

5 de set. de 2010

Vida Maria

Para saber mais, clique aqui.

Literatura | Centenário Rachel de Queiroz a dama sertaneja das letras

Literatura | Centenário Rachel de Queiroz a dama sertaneja das letras

Sobre Rachel de Queiroz

8º e 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL




 RETIRADO DE:http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12109 Revista Língua Portuguesa - 08/2010 - Edição 58    


Marcílio Godoi



"Na verdade, eu não gosto de escrever e, se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa."

(Rachel de Queiroz, aos 90 anos)
Rita de Queluz foi o pseudônimo escolhido pela jovem Rachel de Queiroz para assinar uma carta ironizando o jornal O Ceará, em 1927, por promover o concurso "Rainha dos Estudantes". Três anos mais tarde, já professora substituta de História, foi eleita "Rainha dos Estudantes", com a presença do governador do estado e tudo.
Desenhar Rachel é não perder de vista O Quinze, seu mais importante trabalho, escrito aos 20, em 1930, enquanto se curava de uma suspeita de tuberculose. O fundo social e realista desse seu precoce retrato da miséria e da seca de 1915 rendeu a ela prêmios e o posterior fichamento como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco.
Foi trotskista, mas desistiu da esquerda radical, chegando até a se posicionar a favor do golpe militar em 1964, quando era cronista da importante revista O Cruzeiro. Primeira mulher na ABL, ouviu pelo rádio a notícia da morte de seu conterrâneo, o ex-presidente Castelo Branco, em um desastre aéreo pouco depois de se despedir dele na porta de sua fazenda, "Não me Deixes", em Quixadá, nos sertões cearenses.
Arquiteto e jornalista, autor do Pequeno Dicionário Ilustrado de Palavras Invenetas (Sagui, 2007)www.memoeditorial.com.br