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30 de ago. de 2010

Imagino, logo existo



Olhando pela janela em um dia tedioso, constatei que meu mundo é limitado. Percebi que não conheço todas as pessoas, não fui a todos os lugares, não vivi todos os tempos. Tais coisas só me são possíveis ao sabor da imaginação.
Às vezes sinto inveja do vento. Imagine como seria poder voar pra onde quer que seja, admirar qualquer paisagem, sussurrar ao ouvido de qualquer desatento. Meu mundo não seria limitado. Eu seria apenas uma leve brisa soprando ao acaso, despretensiosamente.
Mas já que não posso viver tudo que o mundo proporciona a ser vivido, permaneço imaginando. Pois a imaginação é como o vento. São ambos grandes maestros desta confusa e magnífica orquestra chamada universo.
Agora retorno ao início, ao momento em que olhava pela janela, e vejo o quanto eu estava enganada. Meu mundo não é limitado, pois detenho em minhas mãos a chave que abre todas as portas. Imagino, logo existo.

Francyne Alves, turma 801.

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